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Centro de Saúde Laura Simões Carvalheira Amicucci

Calendário de eventos, Chi-kung, Lian-Gong e Boa Forma: CS Perseu busca melhorar qualidade de vida da comunidade

O Centro de Saúde “Laura Simões Carvalheira Amicucci”, da Vila Perseu Leite de Barros, Distrito de Saúde Noroeste, tem na sua área de abrangência uma população de cerca de 11 mil habitantes. Desenvolve três grupos frequentados principalmente por idosos. É sobre estas práticas que falam, nesta reportagem, Maria Monica Maciel França Madeira, coordenadora do Serviço, que deu entrevista à Carta da Saúde com Waldina Morais e Viviane Barreto Fernandes, Agentes Comunitárias de Saúde (ACSs).

Elas contam que existem três grupos de práticas integrativa: Chi-kung, Lian- Gong e Boa forma. Nos grupos de Chi-kung e Lian- Gong são realizadas práticas corporais da medicina chinesa e são frequentados por cerca de sessenta pessoas em cada um. O grupo Boa forma, conta com a participação de cerca de 35 usuários que realizam movimentos corporais com música. Além de beneficiar os idosos que usam o Centro de Saúde, diz a equipe, as ações relacionadas à Saúde Integrativa estão refletindo na melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Esta história começa  há 8 anos quando a equipe, atenta à população idosa que é considerada grande no território, participa de capacitação para aplicar as práticas da Saúde Integrativa. Hoje a participação de muitos usuários nos grupos é entendida na unidade como parte do tratamento. A coordenadora observa que os grupos também são de convivência, pois envolvem familiares dos participantes.

Na qualidade do Acolhimento o Serviço busca manter o Vínculo com os usuários e comunidade e procura fortalecer as relações desenvolvendo atividades relacionadas ao calendário, como o Dia Internacional da Mulher, Festas Juninas, Festa da Primavera, Semana Municipal do Idoso. No ano passado, por exemplo, o Centro de Saúde realizou um almoço com os idosos usuários do Serviço.

As ações descritas pela equipe passam por avaliação semestral. Segundo elas, não há dúvida: “Parar de participar dos grupos é como parar de tomar remédio”, concordam as três em entrevista que segue, na íntegra. Confira:

Carta da Saúde – Maria Mônica, a que você atribui o envolvimento da comunidade nas ações relacionadas à melhoria da qualidade de vida?

Maria Monica Maciel França Madeira: Eu acredito que, primeiramente é o envolvimento das pessoas que estão à frente dos grupos. As agentes comunitárias de saúde e a médica de saúde da família são bastante envolvidas e participam bastante de todas as atividades. É também a divulgação e a participação da equipe que está bem mobilizada neste sentido. A equipe está sempre indicando as práticas de qualidade de vida às pessoas, já com problemas, que procuram o Serviço, porque os grupos são terapêuticos e preventivos. São indicados para melhorar a qualidade de vida e para prevenir o adoecimento. Os médicos, principalmente, orientam que é importante participar dos grupos.

Carta – Quando você chegou a este Centro de Saúde, alguns grupos já existiam. Como eram e como foram ampliados?

Waldina Morais: Os grupos existiam há mais ou menos três anos quando entrei na unidade. Eram realizados na rua em frente ao CS, porque nosso Centro de Saúde não dispõe de um espaço próprio para essas atividades. Mas a equipe buscava garantir a tranquilidade, então pedia a interdição periódica da rua, à Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), que  autorizava  fechar para essa finalidade, tinha uma participação importante dos usuários. Paramos de realizar os grupos na rua ano passado porque a obra de um condomínio residencial movimentava demais as proximidades e isso tirava a tranquilidade. O ideal é que continuássemos realizando os grupos ao ar livre. Porém, buscamos locais fechados, com espaço amplo, para realizar os grupos, onde, sem a agitação da obra, as pessoas se sentissem melhor. Com esta mudança para o salão de uma comunidade religiosa, aconteceu um inesperado aumento da participação masculina. Eles relatam ter uma maior privacidade com a atividade  realizada no salão.

Carta – A realização de eventos temáticos, relacionados ao calendário, como Dia Internacional da Mulher, tem atraído mais usuários para as atividades de promoção da Saúde?

Viviane: Tem sim, porque as pessoas que participam dos grupos nestes eventos convidam os seus vizinhos, os amigos, pessoas que não têm costume de desenvolver essas práticas. E a partir destes eventos a gente percebe que intensifica o Vínculo com a comunidade. As pessoas começam participar dos grupos e fazem propaganda, divulgando nossas ações e, principalmente, os benefícios à saúde que estas práticas trazem. O fato de ser uma população de idosos aumenta a credibilidade.

 

 

 

 

 

 

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